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Chefe do Pentágono discutiu plano confidencial de ataque no Iêmen em grupo em rede social que tinha seu irmão e esposa

2025-04-21 HaiPress

Secretário de Defesa dos EUA,Pete Hegseth,fala com membros da imprensa durante uma reunião bilateral com o vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa australiano,Richard Marles — Foto: ALEX WONG / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

O secretário de Defesa americano,compartilhou informações detalhadas sobre os próximos ataques no Iêmen em 15 de março em um grupo de bate-papo privado do Signal que incluía sua esposa,irmão e advogado pessoal,de acordo com quatro pessoas com conhecimento da conversa. Algumas dessas pessoas disseram que as informações que Hegseth compartilhou no chat incluíam os horários de voos dos F/A-18 Hornets visando os Houthis no Iêmen — essencialmente os mesmos planos de ataque que ele compartilhou em um chat separado do Signal no mesmo dia,que erroneamente incluía o editor da revista americana The Atlantic.

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A esposa de Hegseth,Jennifer,ex-produtora da Fox News,não é funcionária do Departamento de Defesa,mas viajou com ele para o exterior e recebeu críticas por acompanhar o marido em reuniões delicadas com líderes estrangeiros.

O irmão de Hegseth,Phil,e Tim Parlatore,que continua atuando como seu advogado pessoal,ambos têm empregos no Pentágono,mas não está claro por que qualquer um deles precisaria saber sobre os próximos ataques militares contra os Houthis no Iêmen.

A existência até então não relatada de um segundo grupo no Signal,onde Hegseth compartilhou informações militares sensíveis,é mais um episódio que levanta questionamentos sobre sua gestão e julgamento.

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Diferentemente do grupo que acidentalmente incluiu a The Atlantic,este novo grupo foi criado por Hegseth. Incluía sua esposa e cerca de uma dúzia de pessoas próximas a ele,pessoal e profissionalmente,desde janeiro,antes de sua confirmação como secretário de Defesa. O grupo se chamava "Defense | Team Huddle",segundo pessoas com conhecimento do chat. Ele acessava o Signal por um celular pessoal,não pelo telefone do governo.

A permanência de sua esposa,irmão e advogado pessoal no grupo após sua confirmação — pessoas sem necessidade aparente de serem informadas sobre operações militares em andamento — deve aumentar as dúvidas sobre seu respeito aos protocolos de segurança.

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O grupo revelado pela The Atlantic em março foi criado pelo conselheiro de Segurança Nacional,Mike Waltz,para que altos oficiais de Segurança Nacional — como o vice-presidente,o diretor de inteligência nacional e o próprio Hegseth — pudessem se coordenar antes dos ataques.

Waltz assumiu a responsabilidade por ter incluído,acidentalmente,Jeffrey Goldberg,editor da The Atlantic,no grupo,chamado "Houthi PC small group",em referência à comissão de autoridades encarregado das questões mais sensíveis.

Hegseth teria criado o segundo grupo inicialmente para tratar de assuntos administrativos e de agenda,segundo duas pessoas familiarizadas. Ele normalmente não usava esse chat para tratar de operações militares sensíveis e o grupo não incluía outros membros do gabinete.

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Mesmo assim,ele compartilhou detalhes dos ataques ao Iêmen nesse grupo quase ao mesmo tempo em que fazia o mesmo no outro grupo que incluía altos funcionários do governo e a The Atlantic,segundo pessoas familiarizadas.

Os ataques ao Iêmen,resposta aos houthis por atingirem navios cargueiros no Mar Vermelho,foram uma das primeiras grandes ações militares sob Hegseth.

Após a The Atlantic revelar que ele usou o grupo de Waltz para divulgar os ataques enquanto aconteciam,o governo Trump afirmou que ele não compartilhou "planos de guerra" nem informações secretas — uma alegação vista com ceticismo por especialistas em segurança nacional.

No caso do grupo de Hegseth,um funcionário dos EUA se recusou a comentar se ele compartilhou alvos específicos,mas manteve que não houve violação de segurança nacional.

— A verdade é que havia um grupo informal criado antes da confirmação com seus assessores mais próximos — disse esse funcionário. — Nada sigiloso foi discutido ali.

O porta-voz-chefe do Pentágono,Sean Parnell,não respondeu aos pedidos de comentário.

Uma pessoa familiarizada com o grupo disse que assessores haviam alertado Hegseth,um ou dois dias antes dos ataques,para não discutir detalhes operacionais sensíveis no Signal,que,embora criptografado,não é tão seguro quanto os canais oficiais usados para planejamento de guerra.

Não está claro como ele respondeu a esses alertas. Ele é veterano militar e ex-apresentador da Fox News,mas nunca havia ocupado um cargo de alto escalão no governo antes de sua nomeação em janeiro.

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